Testemunhos de papás sobre o seu Dia!!!

20 de março de 2013


Estes são os testemunhos de alguns papás, sobre este seu Dia Especial e a sua aventura diária.
Não é por acaso que uma das frases mais procuradas no google seja "ser pai pela primeira vez" ou "ser pai".
 Ser Pai é renascer novamente...por isso aqui ficam os testemunhos de quem o sente na pele e no coração!!

Testemunhos

"Ser pai é trabalho para toda a vida e mais seis meses. Porque se é pai mesmo depois de morrer, enquanto os nossos filhos por cá andarem. Não se muda de emprego, não há cá férias, nem folgas, cumpre-se uma semana de 168 horas e ninguém se reforma. É bom que, antes de se meter nesta condição, um homem se certifique de que este é o trabalho que mais prazer lhe dará na vida, senão não vai aguentar. Não se aceitam arrependimentos, a vida não tem o conceito de ex-pai, não dá para saltar do barco a meio do caminho, todos os cansaços estão condenados à derrota e hão de ser vencidos. Também não há curso. Aprende-se a ser pai com os outros e com os filhos. É um bocado arriscado, mas na maioria das vezes corre bem. Pessoalmente, ser pai foi a minha melhor decisão de sempre e para sempre. Nem quero pensar no que teria perdido se não fosse pai. Mas cada um sabe de si. Não estou a fazer nenhuma campanha de natalidade.

António Costa Santos
Pai, jornalista, argumentista e escritor de livros como " O proibido" , "Diário de um gajo divorciado", "Porto versus Lisboa ","10 razões para amar e odiar Portugal."




O meu primeiro dia do pai...

...enquanto pater familias, claro está. Dos outros, na posição de filho, tenho poucas memórias, mas havia uma vantagem: passei a infância em Madrid, e lá o dia de São José era feriado – e ainda é (isso explica, aliás, a invasão espanhola do último fim de semana, com a particularidade de que a celebração foi deslocada para a segunda-feira 18 para evitar pontes nestes tempos de desemprego e recessão).
E por falar em pater familias: na Roma Antiga, este era o “mais elevado estatuto familiar” (um lugar sempre ocupado, como sublinha a minha amiga Wikipédia, por uma figura masculina). Hoje suspeito que esta distinção tenha ficado diluída na convulsa, acelerada e mutante sociedade do século XXI, pelo menos nesta privilegiada parte do mundo.
Ser pai está muito longe de ser o que era até há 20 anos, e por isso tenho ataques de espanto quando leio as “súper mães” a falarem dos seus quotidianos tão atarefados, como se o meu fosse diferente (sim, eu também tenho de mudar fraldas e estar sempre belo), ou as publicações que ainda não perceberam até que ponto é machista, nesta altura do campeonato, manter um discurso virado exclusivamente para elas, ignorando e desprezando os potenciais e reais leitores masculinos.
Mas voltando ao dia do pai. Para mim, começou na véspera; depois de um longo e esgotante dia de trabalho, soube mesmo bem chegar a casa e receber um presente do meu Gui, que faz agora, precisamente, dois anos e cinco meses (ou 29 meses, para utilizar a terminologia de muitos pais). O embrulho laranja que rasgámos a quatro mãos escondia um popó de cartão primorosamente pintado de azul, com duas belas rodas amarelas bem coladas e uma fotografia do alegado autor a imitar um para-brisas.
Zoom na foto: em vez da criança risonha que tão bem conheço, o que aparece é um escolar descontente e ligeiramente tristonho, mas fora isso achei a prenda encantadora e bem feita. Tem um suporte traseiro como as molduras profissionais e um singelo cordão de lã à volta que revela engenho e dedicação.
Quando levei o pimpolho à escola no dia seguinte, a primeira coisa que ouvi enquanto o Gui despia o casaco e vestia o bibe, à porta da aula dos 3 aos 4 anos, foi: “Deram o presente ao paiiiii? E o pai gostooooou?”. Aproveite a deixa e segredei: “O pai a-do-rou a prenda filho, a-do-rou”. E adorei mesmo. Tenho-a aqui bem à vista, junto ao portátil na minha mesa de escritório. E isso faz-me sentir, quase pela primeira vez, como um pater familias a sério, não apenas como um mudador de fraldas ou preparador de papas instantâneas.
Apesar do seu inconfundível aroma comercial, o dia do pai tem, afinal, algumas virtudes. No meio desta fase freudiana de paixão indisfarçada pela mãe, é reconfortante saber que sou, vá, a estrela por um dia. E só tenho de trocar a foto do para-brisas para transformar o esgar desgostoso no olhar habitual do Gui, ternurento e luminoso.


Enrique Oltra Pinto-Coelho
Cronista na Revista Pais & Filhos



Depois do Dia do Pai…



…ficam os pisa-papeis, os marcadores de livros e restantes artefactos que os educadores de infância inventam de ano para ano.

Se algum dia o meu pai começou a fumar porque eu lhe fazia uns cinzeiros todos jeitosos… Não! Se algum dia passámos a ter folhas soltas pela casa, a precisar de um bom pisa-papeis de gesso pintado com aguarelas… Também não!
No entanto, data após data, lá aparecia eu com mais um objecto completamente inútil para simbolizar o que o meu pai significava para mim.

Agora que olho para trás, era realmente muito parvo fazer isto. O número dos pisa-papeis então, não tem explicação… Muito peso morto traziamos nós para casa sob a desculpa de “prender papelada”. Mas quem… quem é que precisa dum pisa-papeis!? Tirando os pais que têm um open-space no Guincho, os que não sabem fechar a janela para acabar com a corrente de ar e os que ainda não perceberam que não é boa ideia ter uma ventoinha a apontar para cima da secretária… tirando esses, nenhum pai precisa dum objecto daqueles.

O presente ideal seria um vale, feito a mão pelos nossos petizes e com a seguinte inscrição: “Pai, és espectacular e, só por causa disso, convenci o director do colégio a oferecer-te a mensalidade de Março!“. Isso sim, seria alto presente… No entanto, continuamos a ficar derretidos quando recebemos um espantoso ”tapa-vidros” para o carro.

Bem sei que devo tudo o que sou hoje ao meu pai. Mesmo quando implico ou discordo do que diz e faz, só o faço porque proporcionou tudo o que estava ao seu alcance (e mais além…) para que me transformasse na pessoa que sou hoje. Foi ele que fez de mim uma pessoa capaz de o criticar e, no fundo, era isso que ele queria.

Todos os pais querem que os filhos sejam mais que eles. Os filhos que percebem isto, ficam com a certeza que nunca conseguirão ser tão grandes e desejam ser, pelo menos, iguais.

Bem merecem a mensalidade de Março mas, enfim… levam com pisa-papeis e ficam felizes por isso.


Blogger do Ano Mr.Factos de Treino
http://factosdetreino.wordpress.com
Pai, Marido & Blogger Quem é ele? Deve ser Segredo...
Ser filho ...de um pai
 (http://factosdetreino.wordpress.com/2013/03/19/carrinho-de-rolamentos-porshe/)



Ser Pai

Ser pai é complexo. É a coisa mais natural do mundo. É nascer, crescer, amar e ter um filho. É vê-lo crescer, amar e ter filhos. Ser pai é renascer. É continuar a Vida. É amar a Vida. Amar com a Vida. Ser pai é a Vida. É aquele primeiro sopro ao nascer e todos os outros que se seguirão depois. Ser pai são as noites mal dormidas, os pontapés nos rins às voltas na cama. Ser pai é uma dor de rins pela manhã. Ser pai são as cólicas, os dentes e as febres. Ser pai são os vómitos, são as fraldas mal apertadas, são as roupas sujas até ao pescoço. Ser pai é a taquipneia transitória do recém-nascido. Ser pai é ter medo. É preocupação. É ver o reflexo de preocupação nos olhos dos outros. É ver-me no reflexo de preocupação dos pais dos outros. Ser pai é rever-me nos outros. Ser pai é a mancha de leite no pullover azul, os riscos de caneta nas calças de ganga, a fita-cola colada nas solas dos sapatos. É a gola alargada e o cabelo desgrenhado. Ser pai é a felicidade extrema. A felicidade extrema de uma criança que brinca ao sol. É rolar no chão, jogar à bola, construir castelos, imaginar histórias. Ser pai é ser criança. É reaprender a ser criança. Ser pai é educar. É corrigir. É ensinar e aprender. É repetir vezes sem conta. Ser pai é dar a mão. É levantar do chão, empurrar e puxar. Puxar à razão, quando for preciso. Ser pai é ajudar. Ajudar a aprender, ajudar a crescer, ajudar a ajudar. Ser pai é ser forte. Ser pai é chorar. Ser pai é um ombro amigo. Ser pai é ser amigo. É abraçar, é dar colo e apertar com força. Ser pai é ser muito importante. É ser admirado e admirar. Ser pai é contemplar. Ser pai é apreciar o bom e o mau, a alegria e a tristeza, a saúde e a doença. Ser pai é a separação. Ser pai é a união. É reunião. Ser pai é reencontrarmo-nos neste pedacinho de Universo. Ser pai é tentar ser Pai.












João Moreira Pinto
Marido, pai e cirurgião pediátrico.
http://eosfilhosdosoutros.blogspot.pt/


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